Micro e pequenas empresas alavancam contratação
De cada 100 vagas criadas com carteira assinada, 85 estão nos negócios com menos de quatro funcionários
As micro e pequenas empresas (MPE) puxaram a contratação de  trabalhadores no início de 2012. As que possuem no máximo quatro  funcionários foram responsáveis por 85,9% dos 118.895 empregos formais  gerados em todo o país no primeiro mês do ano, segundo levantamento  feito pelo Sebrae com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
No período analisado, esse grupo de empresas abriu 102.111 postos de  trabalho com carteira assinada. O percentual é superior ao registrado no  mesmo mês de 2011, de 69% do total. “A curva ascendente da geração de  emprego nos pequenos negócios confirma a tendência de aumento do nível  de atividade desse segmento, em função do aumento da renda, do crédito  e, consequentemente, do consumo da população”, diz o diretor-técnico do  Sebrae, Carlos Alberto do Santos.
A abertura de mais postos de trabalho em janeiro reflete o incremento  da atividade econômica, principalmente no setor de serviços, em expansão  no país, assinala o diretor do Sebrae. Para Carlos Alberto, essa  tendência deve prevalecer tendo em vista as oportunidades decorrentes  dos megaeventos esportivos nos próximos anos, do crescimento do fluxo de  turistas brasileiros e estrangeiros e da melhoria da renda. “Isso  implica mais demanda, favorecendo a atividade produtiva e os serviços, o  que gera mais postos de trabalho.”
A análise do Sebrae considera como micro e pequena empresa aqueles  negócios que possuem até 99 funcionários. Ao contrário das empresas  menores, as que possuem entre cinco e 99 trabalhadores fecharam vagas.  Os dois grupos somados, porém, geraram 80,3% das vagas formais em  janeiro. As empresas que possuem entre 100 e 499 empregados em seus  quadros contrataram 6,3% do total, e as que têm mais de 500  funcionários, 13,4%.
Das MPE que possuem menos de 99 funcionários, as do setor de serviços  foram as que mais elevaram seus quadros, sendo responsáveis por metade  dos novos postos de trabalho. Juntas, a indústria de transformação e a  construção civil contrataram a outra metade dos profissionais. O único  setor que demitiu foi o de comércio, em função de fatores sazonais.
