Burocracia atrapalha economia e desenvolvimento da livre iniciativa
Se a intenção é a abertura de uma empresa, há uma série de exigências que acabam atrasando e postergando essa finalidade.
 O excesso de burocracia tem se tornado um entrave ao desenvolvimento econômico  nacional. Para se ter uma ideia, o Banco Mundial realiza anualmente um  levantamento classificando os países quanto à facilidade na realização  de negócios. O agravante é perceber que o Brasil - que tem atraído nos  últimos anos grande interesse mundial por força da vitalidade econômica -  ocupa a desencorajadora posição número 126. 
Ele perde para países que integram o BRICS como a África do Sul, que  está na 35ª posição, Rússia, que aparece na 120ª colocação e China, na  91ª. Só está melhor cotado quando comparado com a Índia que está mais  atrás, na posição 132. 
Se voltarmos às comparações, à América Latina, nossos vizinhos “hermanos” levam larga vantagem  na atração de investimentos: o Chile, por exemplo, está na 39ª posição  da pesquisa do Banco Mundial. Peru e Colômbia, nas 41ª e 42ª,  respectivamente, ao passo que o Paraguai na 102ª posição, a Argentina na  113ª e o Uruguai na 90ª colocação. 
Essa situação é vista pelo presidente do Instituto Helio Beltrão e  também coordenador do programa nacional de desburocratização entre os  anos de 1980 a 1985, João Geraldo Piquet Carneiro, como entraves ao  desenvolvimento do país. “O país já viveu uma era em que havia prédios  cuja função servia apenas para guardar papéis. Nosso país vive uma  realidade complexa. 
 
Geraldo Carneiro considera a cultura da burocracia como um  desequilíbrio. “Há casos em que o empresário precisa comprovar que  pagou a quem recebeu o valor do tributo. É preciso tomar consciência do  problema que é causado pela burocracia. Na atualidade, o estado de Minas  Gerais se apresenta como o menos burocrático. A Bahia foi pioneira quando houve a implantação do programa de desburocratização com o SAC, entretanto compete aos governos agir. 
